Revelações inesperadas: Israel usou contas falsas nas redes sociais para influenciar parlamentares dos EUA.

Israel supostamente usou contas falsas nas redes sociais para influenciar legisladores dos EUA durante a guerra de Gaza. De acordo com relatos, o Ministério de Assuntos da Diáspora de Israel destinou cerca de US$ 2 milhões para uma campanha que utilizava centenas de contas falsas para se passar por americanos e postar mensagens pró-Israel, pressionando membros do Congresso a financiar operações militares israelenses.

3 Principais Destaques

  • O governo israelense organizou e financiou uma campanha secreta nas redes sociais para influenciar legisladores dos EUA em apoio à guerra contra Gaza.
  • A campanha usou centenas de contas falsas para se passar por americanos e postar mensagens pró-Israel, pressionando membros do Congresso a financiar as operações militares de Israel.
  • Tanto o Meta quanto o OpenAI afirmaram ter interrompido a campanha de influência encoberta, que usava conteúdo gerado por IA.

A Guerra de Gaza Chegou às Redes Sociais

A guerra entre Israel e a Faixa de Gaza não se limita apenas aos campos de batalha reais. As redes sociais se transformaram em uma arena virtual, onde ambos os lados lutam para conquistar o apoio de espectadores digitais ao redor do mundo. Nessa disputa pela narrativa, mais de 37.000 palestinos morreram como resultado do cerco israelense em Gaza.

Uma Campanha Secreta

De acordo com um relatório do The New York Times, o Ministério de Assuntos da Diáspora de Israel destinou cerca de US$ 2 milhões para uma campanha secreta nas redes sociais. A iniciativa utilizou centenas de contas falsas que se passavam por americanos, postando mensagens pró-Israel e pressionando membros do Congresso dos EUA a financiar as operações militares israelenses.

Contas Falsas Mirando Legisladores Negros

Revelações inesperadas: Israel usou contas falsas nas redes sociais para influenciar parlamentares dos EUA.
Source: gizmodo.com

As contas falsas se apresentavam como estudantes judeus locais, afro-americanos e “cidadãos preocupados”. Elas deixavam comentários nas páginas de organizações de notícias legítimas e figuras públicas, abordando temas como antissemitismo no campus, pedidos de libertação de reféns tomados durante um ataque do Hamas em 7 de outubro e material anti-islâmico. O alvo principal eram os legisladores negros democratas, como o líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries.

Uso de Inteligência Artificial

Além de criar perfis falsos, a campanha também fez uso da inteligência artificial. O OpenAI, criador do ChatGPT, confirmou que interrompeu uma campanha em Israel que utilizava suas ferramentas. Ué, mas não é justo usar a IA para produzir conteúdo enganoso! O Meta também identificou uma rede de mais de 500 contas falsas ligadas a Israel, que postavam mensagens pró-Israel no Instagram e no Facebook.

A Batalha pelas Narrativas

Assim como a guerra na Ucrânia, o conflito entre Israel e Palestina se tornou uma batalha de narrativas nas redes sociais. Atores políticos de ambos os lados tentam manipular a opinião pública por meio de campanhas coordenadas on-line. Em maio, o TikTok relatou ter interrompido mais de uma dúzia de campanhas desse tipo em sua plataforma, incluindo uma originada na China.

Um Novo Nível de Envolvimento

No entanto, o que torna essa campanha particularmente preocupante é o fato de ser a primeira vez que o governo israelense é flagrado coordenando uma operação direcionada ao governo dos EUA. Será que Bibi Netanyahu está virando um troll da internet? Brincadeiras à parte, essa é uma escalada significativa no uso de táticas de influência on-line por parte de um aliado próximo dos EUA.

Os EUA como Aliado-Chave

Os Estados Unidos são um aliado-chave de Israel, além de ser o maior fornecedor de armas para o país. Com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu programado para se dirigir ao Congresso neste verão, é compreensível que Israel queira garantir o apoio dos legisladores americanos. No entanto, usar contas falsas e conteúdo gerado por IA para manipular a opinião pública é um caminho perigoso que pode minar a confiança e a credibilidade.

Conclusão

A guerra entre Israel e Gaza transcendeu os campos de batalha físicos e agora é travada nas redes sociais. O uso de contas falsas e inteligência artificial pelo governo israelense para influenciar legisladores dos EUA é um desenvolvimento preocupante que destaca os desafios éticos e de confiança que enfrentamos na era da desinformação digital. À medida que as narrativas se chocam on-line, é crucial manter a integridade e a transparência para preservar a democracia e a liberdade de expressão.

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