Uma violenta quadrilha formada por hackers sem escrúpulos realizou uma onda de invasões e roubos violentos de criptomoedas, deixando um rastro de caos e vítimas traumatizadas. Essa história chocante revela os detalhes sombrios dessa gangue impiedosa que extorquiu fortunas digitais através de ameaças, torturas e sequestros.
Principais destaques:
- Uma gangue liderada por Remy Ra St. Felix, de 24 anos, realizou pelo menos 11 invasões de residências nos EUA, roubando criptomoedas e infligindo violência extrema.
- As táticas incluíram sequestros, torturas e ameaças de mutilação para forçar as vítimas a transferirem suas criptomoedas.
- Apesar de obterem apenas US$ 150.000 em cripto através de roubos físicos, a gangue fez milhões por meio de hackers e outras atividades ilegais.
Um rastro de violência e roubo impiedoso
O mundo das criptomoedas sempre foi um alvo atraente para ladrões, não apenas através de ataques cibernéticos, mas também de roubos físicos violentos. Dada a facilidade com que as criptomoedas podem ser transferidas de forma irreversível em segundos com apenas uma senha, não é surpresa que ladrões tenham ocasionalmente recorrido a invasões de residências e até sequestros para roubar essas fortunas digitais. No entanto, raramente esses criminosos deixam um rastro de violência tão perturbador quanto o de uma recente e particularmente prolífica gangue de extorsionários de criptomoedas.
O Departamento de Justiça dos EUA anuncia uma condenação chocante
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou recentemente a condenação de Remy Ra St. Felix, um homem de 24 anos da Flórida que liderou um grupo de homens por trás de uma onda de crimes violentos projetados para forçar vítimas a entregarem o acesso a suas economias em criptomoedas. O anúncio e a queixa criminal se concentraram principalmente em um único roubo de criptomoedas de um casal idoso da Carolina do Norte, cuja casa St. Felix e um de seus cúmplices invadiram antes de agredir fisicamente as duas vítimas, ambas na faixa dos 70 anos, e forçá-las a transferir mais de US$ 150.000 em Bitcoin e Ether para as carteiras de criptomoedas dos ladrões.
Um olhar mais profundo revela uma campanha de terror
Na verdade, essa soma de seis dígitos parece ter sido o único lucro confirmado da gangue de St. Felix através de roubos físicos de criptomoedas – embora os ladrões e seus associados tenham feito milhões no total, principalmente através de hackers mais tradicionais e roubo de outros ativos. No entanto, um olhar mais profundo nos documentos judiciais do caso de St. Felix revela que o relativamente pequeno lucro obtido pela gangue não capta o escopo total do dano que eles infligiram: no total, esses arquivos e funcionários do Departamento de Justiça descrevem como mais de uma dúzia de membros condenados e supostos da gangue focada em criptomoedas invadiram as casas de 11 vítimas, realizando uma brutal série de roubos à mão armada, ameaças de morte, espancamentos, sessões de tortura e até um sequestro em uma campanha que abrangeu quatro estados dos EUA.
Táticas de tortura perturbadoras
Nos documentos judiciais, os promotores dizem que os homens – trabalhando em duplas ou pequenas equipes – ameaçaram cortar os dedos dos pés ou os genitais de uma vítima, sequestraram e discutiram matar outra, e planejaram ameaçar a criança de outra vítima como alavanca. Os promotores também descrevem táticas de tortura perturbadoras: como os homens inseriram objetos pontiagudos debaixo das unhas de uma vítima e queimaram outra com um ferro quente, tudo em um esforço para forçá-los a entregar os dispositivos e senhas necessários para transferir suas participações em criptomoedas.
Um espancamento brutal por uma quantia insignificante
Apesar do potencial de roubar criptomoedas através desse tipo de coerção física, a gangue de St. Felix teve notavelmente pouco sucesso em extorquir grandes somas de criptomoedas das vítimas. Mas não foi por falta de tentativa: um documento escrito por promotores descreve como o grupo começou a se formar em 2021 e passou a realizar uma série de ataques brutais envolvendo 13 membros da gangue no total nos próximos dois anos, pelo menos sete operações reais ou planejadas na Flórida, Texas, Carolina do Norte e Nova York, todas mirando vítimas que acreditavam ter grandes reservas de criptomoedas.
Em um dos casos mais chocantes, os ladrões agrediram severamente uma vítima no Texas, enfiando garfos e facas debaixo das unhas da mãe da vítima e queimando o braço da vítima com um ferro quente – tudo isso para extorquir criptomoedas que nunca foram encontradas.
O grande golpe e a prisão do líder
Em abril de 2023, St. Felix e sua gangue realizaram o que seria seu último grande roubo, invadindo a casa de um investidor de criptomoedas idoso na Carolina do Norte. Eles ameaçaram cortar os dedos e genitais do homem, além de agredir sexualmente sua esposa, até que a vítima transferiu cerca de US$ 156.000 em criptomoedas para seus captores antes que a Coinbase bloqueasse as transações. Essa invasão resultou na prisão de St. Felix em julho de 2023, quando ele foi encontrado com uma rifle de assalto e algemas plásticas em seu veículo, aparentemente planejando outro ataque.
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Lições aprendidas e dicas de segurança
A análise do FBI sobre as transações de criptomoedas de St. Felix mostra que, apesar de suas tentativas de ocultar o rastro, seus esforços foram inúteis. Os especialistas apontam que realizar invasões físicas violentas como as da gangue de St. Felix não faz sentido em termos de risco e recompensa, já que eles obtiveram relativamente pouco dinheiro no final, realizaram intrusões físicas de alto risco e agora enfrentam longos anos de prisão.
No entanto, os detentores de criptomoedas devem estar cientes do aparente aumento da coerção física como meio de roubar seus fundos. Dicas de segurança incluem manter privacidade sobre suas participações em cripto, criar obstáculos técnicos para transferências rápidas de grandes somas e, acima de tudo, nunca ceder a ameaças violentas.
Conclusão: Uma história sombria com lições importantes
Essa história sombria destaca os perigos do mundo das criptomoedas e os extremos a que alguns criminosos estão dispostos a chegar para roubar fortunas digitais. Embora os casos de violência física sejam raros, esta tragédia serve como um lembrete importante para que os detentores de criptomoedas tomem precauções extras para proteger seus ativos e sua segurança pessoal. À medida que as criptomoedas continuam a ganhar popularidade, é crucial permanecer vigilante contra ameaças de todos os tipos – físicas e virtuais – que possam surgir nesse novo e volátil mundo financeiro.
