AI Chatbots Planejam Passeios, mas Resultados Podem Ser Caóticos
Quando se trata de descobrir os melhores lugares para visitar em nossas cidades, contar com a ajuda de um chatbot de IA parece uma boa ideia. Mas, na prática, os resultados podem ser um tanto quanto imprevisíveis. Isso é o que descobriram Natasha Bernal em Londres e Amanda Hoover em Nova York ao pedirem para um assistente virtual chamado Littlefoot planejar seus passeios.
Uma Aventura Sem Rumo em Londres
Com um orçamento de £77 para gastar, Natasha pediu ao Littlefoot para criar um roteiro centrado no Queen Elizabeth Olympic Park, um enorme complexo esportivo que ela nunca havia visitado antes. O que se seguiu foi uma jornada caótica e sem direção, com o chatbot recomendando uma série de paradas aleatórias e pouco interessantes, desde uma pizzaria de baixa qualidade até uma caminhada em uma área pantanosa.
Ao longo do dia, Natasha e sua amiga Sophie enfrentaram uma série de contratempos, desde não conseguir alugar os pedalinhos até não conseguir encontrar a pista de ciclismo. Elas acabaram apenas passeando de bicicleta elétrica por um parque sem atrativos, gastando £64 no processo.
No final, Natasha admite que, apesar de toda a confusão, a aventura foi memorável e até mesmo um pouco mágica, com descobertas inesperadas como um antigo tronco de madeira em uma igreja. Mas ela também reconhece que um simples Google teria sido capaz de criar um roteiro muito mais eficiente.
Um Passeio Desafiador em Nova York

Já Amanda pediu ao Littlefoot que planejasse um passeio em Manhattan que fosse acessível de metrô e também amigável para seu cachorro Charlie, um poodle-mix de 10 quilos. Mais uma vez, o chatbot não conseguiu entregar um roteiro realmente satisfatório.
Apesar de algumas boas indicações, como o Obelisco no Central Park e um café mediterrâneo, o Littlefoot também sugeriu opções pouco práticas, como um restaurante em Nova Jersey e uma turnê de helicóptero. Amanda precisou combinar e ajustar as sugestões para criar um passeio minimamente viável.
No final, Amanda gastou US$90 em transporte e refeições, percorrendo uma distância considerável pela cidade. Embora tenha descoberto alguns novos lugares, ela concluiu que, para explorar Nova York com o seu cachorro, seria melhor confiar nas recomendações de outros moradores da cidade.
Desafios e Oportunidades para os Chatbots de IA
Os testes realizados por Natasha e Amanda evidenciam alguns dos principais desafios enfrentados pelos chatbots de IA no planejamento de passeios e roteiros de viagem. Falta de contextualização, dificuldade em considerar restrições e orçamentos, e uma visão limitada do que realmente interessa aos usuários são alguns dos problemas identificados.
No entanto, a tecnologia também apresenta oportunidades interessantes. Ao mesclar diferentes modelos de linguagem e fontes de informação, os chatbots de IA têm o potencial de descobrir opções fora do comum e surpreendentes, como a descoberta do antigo tronco de madeira por Natasha.
Empresas como a Bigfoot, responsável pelo Littlefoot, reconhecem os desafios e afirmam estar trabalhando para aprimorar seus serviços à medida que adquirem mais recursos e levam em conta os feedbacks dos usuários.
Conclusão
Embora os resultados dos testes realizados por Natasha e Amanda não tenham sido totalmente satisfatórios, eles evidenciam o enorme potencial dos chatbots de IA no planejamento de atividades e descoberta de novos lugares. À medida que a tecnologia avançar, é provável que esses assistentes virtuais se tornem ferramentas cada vez mais valiosas para explorar nossas cidades.
Claro, por enquanto, é preciso ter cautela e não se render completamente às sugestões dos chatbots. Mas, quem sabe, talvez eles consigam nos levar a alguns descobertas inesperadas e memoráveis, como aquele antigo tronco de madeira em Londres.